Margarida Hartman

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Margarida Hartmann Igel nasceu na Alemanha em 25 de abril de 1895. No Brasil, casou-se com Ernesto Igel, fundador do Grupo Ultra, com quem teve dois filhos, Dayse e Pery Igel. Esteve sempre ao lado do marido Ernesto Igel e o incentivou nos negócios, inclusive quando ele criou a Ultragaz, em 1937, empresa que daria origem do Grupo Ultra.

História[editar | editar código-fonte]

Na Ultragaz, Margarida Igel iniciou os projetos sociais do grupo empresarial que, posteriormente, se tornaria um dos maiores do país. Seu engajamento[1] em prol das comunidades menos favorecidas motivou funcionários e revendedores a dar continuidade às suas atividades até os dias de hoje.

Margarida e Ernesto Igel se conheceram no Clube Austríaco, em Berlim, às vésperas da Primeira Guerra Mundial. Tinham em comum o gosto pelo teatro, pela dança e pela música. Durante a guerra, Ernesto foi enviado à Romênia, para servir na área administrativa do exército austríaco, mas manteve a correspondência com Margarida.

Em 1920, Ernesto Igel foi enviado ao Brasil e, decidido a permanecer no país, enviou uma carta a Margarida pedindo que ele viesse viver com ele no país. Ela concordou, mas impôs uma condição: só desceria do navio se antes os dois se casassem. Ernesto foi então a Salvador, onde o navio faria uma escala, e casou-se com Margarida a bordo, numa cerimônia oficializada pelo capitão da embarcação.

Esse espírito decidido foi demonstrado por Margarida Igel durante toda a sua vida. Tinha personalidade forte e era defensora dos ideais de emancipação feminina. Era apaixonada pelas artes e promovia encontros e saraus em sua casa, reunindo artistas, intelectuais e empresários.

Margarida Igel tinha opiniões firmes em relação ao papel da mulher na sociedade. Antecipava tendências da moda ousadas para a época e dirigia seu próprio carro, o que era inconcebível para a maioria absoluta das mulheres do seu tempo.

No período inicial da Ultragaz, assim como na grande maioria das empresas, não existiam políticas definidas de recursos humanos. Porém, Margarida Igel assumia a função de assistente social e apoiava pessoalmente funcionários com problemas de saúde, financeiros ou familiares. Organizava e fazia questão de participar de todos os eventos sociais que congregavam a “Família Ultra”, como se dizia na época.

Margarida Igel faleceu em 26 de fevereiro de 1986, aos 91 anos. Seu legado é reconhecido e multiplicado por meio do trabalho desenvolvido pela Associação Beneficente Margarida Igel, criada em 1954, com a finalidade de proporcionar assistência médica e social aos funcionários do Ultra. Entre outras homenagens recebidas, Margarida Igel é nome de um hospital e maternidade em Marabá Paulista, no interior de São Paulo.


Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]